Administração
de Redes
Material Teórico
Técnicas de Backup e Restauração
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Antonio Eduardo Marques da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Técnicas de Backup e Restauração
• Introdução;
• Definição de Dados;
• Proteção de Dados;
• Simplicidade e Integridade;
• Considerações de Backup.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender e apresentar os fundamentos de proteção e recuperação de dados, formas
e técnicas de backup e restaurem mídias especificas e rotinas e procedimentos específicos
para a salvaguarda de informações empresariais.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
Introdução
Para um bom conhecimento nas atividades de Administração de Sistemas e
Redes de Comunicação de Dados, o profissional de Tecnologia da Informação, cer-
tamente precisa entender como os dados são armazenados em storages e depois
terem seus dados backupeados em algum tipo de Mídia específica.
Nesta Unidade, vamos tratar dos aspectos relacionados à importância das copias
de segurança, suas principais Mídias de armazenamento, tipos de backup, tempos
de armazenamento e fatores relacionados a backups e restauração de dados.
Definição de Dados
Os dados podem significar arquivos de texto simples ou até mesmo uma vasta
gama de tipos de informações complexas. Em um sistema de computador moder-
no, data, ou em português “dados”, significa programas, arquivos e metadados.
Como os dados assumem muitas formas, é fácil ficar confuso sobre quais dados
precisam ser protegidos para que possam ser reproduzidos facilmente.
Geralmente, em uma Empresa, itens com valor devem ser devidamente prote-
gidos, sendo que se esses itens forem perdidos ou roubados, perderíamos o valor
associado a eles.
Algumas literaturas definem dados diferentemente de informações, ou seja, as
informações são dados que possuem certo significado e importância, e os dados
uma forma mais generalista.
Quando falamos de valor, certamente lembramos dos valores monetários (di-
nheiro), porém a perda desses dados pode surtir uma perda de valor emocional e
humano, como, por exemplo, perder fotos de sua formatura e/ou de seu casamento
(ROSINI, 2012).
Proteção de Dados
Especialistas em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) protegem
dados contra perdas e destruição, por meio de roubo, exclusão acidental ou alte-
ração deliberada.
Felizmente, proteger os dados é mais fácil do que se imagina. Para que isso seja
realizado com sucesso, deve ser criado um planejamento cuidadoso e utilização de
Técnicas e Aplicações recomendadas para esse processo, permitindo que os dados
possam ser guardados e recuperados de forma satisfatória (EMC, 2010).
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Explor
Backup – Cópia de Segurança – Informática. Disponível em: https://youtu.be/osQ9YLveTY0
Consideremos proteger os seguintes itens:
• Dados de Bootstrap: são usados para iniciar uma máquina. É o programa
que é executado primeiro quando um Sistema é ativado, ligado ou reiniciado.
Sem um bootstrap válido, um Sistema nunca se torna operacional;
• Metadados da Estrutura do Arquivo: descrevem onde todos os arquivos e
pastas estão localizados no Sistema, bem como onde os dados de bootstrap,
do Sistema Operacional e dos drivers estariam. Eles mapeiam todos os diretó-
rios e os nomes dos arquivos para locais específicos na unidade de disco. Esse
tipo de dados também contém permissões e listas de acesso que podem im-
pedir operações não autorizadas de leitura ou gravação. Em alguns Sistemas,
registros especiais mantêm registros históricos em uma trilha de auditoria de
mudanças. Esses logs são usados para recuperar dados em falhas de energia e
outras interrupções abruptas. Todos esses metadados serão importantes quan-
do se deseja restaurar um determinado Sistema;
• Binários do Driver: binários de controladores controlam dispositivos que leem
informações nos discos, fita magnética ou Rede de Comunicação. Drivers são,
muitas vezes, parte do Sistema Operacional (SO) e devem ser compatíveis com
o resto do Sistema;
• Sistema Operacional: o Código do Sistema Operacional, também conhecido
como Imagem do Sistema Operacional, é frequentemente armazenado em um
ambiente físico no disco. Já há algum tempo, alguns fabricantes e fornecedores
emitem atualizações dos Sistemas Operacionais através da Rede, tornando as
mídias de disco magnética obsoletas para esse armazenamento. É importante
fazer backups do Sistema Operacional após as atualizações aplicadas, para
que se tenha sempre uma última versão para fins de recuperação. Caso essa
versão atualizada não seja salva, certamente o processo de recuperação será
muito mais demorado, em função da reaplicação de todas as atualizações;
• Arquivos de Configuração: são numerosos. Alguns são tão simples quanto
um arquivo contendo o nome do sistema ou fuso horário de onde está insta-
lado, outros são tão complexos quanto o Registro do Windows ou até mesmo
um arquivo de configuração contendo dezenas e centenas de instruções para o
bom funcionamento de um roteador e/ou um arquivo de senha que também é
considerado um arquivo de configuração;
• Programas de Aplicação: muitas Empresas compram aplicações computa-
cionais de terceiros (softwarehouse) e outras desenvolvem seus próprios pro-
gramas e aplicações e que caso sejam perdidos (código-fonte perdido) podem
causar um grande problema;
• Arquivos de Dados: são arquivos altamente portáteis, utilizados por muitos
programas, como planilhas e os PDFs. Outros arquivos de dados são exclusivos
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UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
de programas específicos, como arquivos de log e Banco de Dados. Esses ar-
quivos podem ser pequenos, permanentes, grandes e que podem mudar com
frequência. Um servidor ou um storage poderiam conter centenas de milhares
ou até milhões deles;
• Bancos de Dados: podem ser considerados aplicações com arquivos de da-
dos, existem considerações especiais na proteção de Bancos de Dados para
garantir o que chamamos de consistência. Não se pode presumir que qualquer
processo de backup possa proteger bases de dados adequadamente e, por
esse motivo, existem várias aplicações de backup e restauração específicos
para tais ambientes.
Simplicidade e Integridade
Simplicidade é provavelmente o fator mais importante dentro de um ambiente
de tecnologia de informação, pois é a qualidade principal que pode impedir erros
de Sistema.
Empresas que desenvolveram suas soluções de backup ao longo de anos po-
dem estar usando produtos incompatíveis e Mídia de backup obsoletas, pode cau-
sar problemas. Se elas não tiverem listas de verificação de recuperação padrão
ou procedimentos escritos (procedimentos manuais), eles estão quase sempre em
risco de um defeito ou erro parar o ambiente de computação de uma instituição.
Sem falar, que existe a possibilidade de processos de recuperação recuperarem
dados erroneamente e, até mesmo, sobrescrever dados ruins sobre dados corretos
(GALVÃO, 2015).
Completude significa ter não apenas todos os dados necessários para recuperar
o Sistema após qualquer falha, mas também as ferramentas e os processos adequa-
dos para tal recuperação. Os programas de backup devem ser capazes de reprodu-
zir partições de disco e formatos automaticamente evitando que processos manuais
sejam realizados acarretando problemas na recuperação dos dados. Finalmente,
o software de backup deve imprimir instruções de recuperação para a orientação
de um melhor procedimento de recuperação, fazendo com que o dado recuperado
tenha suas características de integridade respeitadas. Podemos, então, apresentar
dois componentes importantes nos processos de backup e recuperação de dados:
• Confiabilidade: para serem seguros, os dados de backup devem ser captu-
rados de forma confiável. Obviamente, os dados devem ser legíveis e, se o
backup depende de quaisquer outros dados, esses dados devem ser também
lidos corretamente. O software de backup pode usar uma variedade de téc-
nicas para capturar dados com segurança, mas se os dados não puderem ser
lidos, o sistema não poderá ser recuperado;
• Segurança: após os dados serem capturados, eles precisam ser protegidos
contra alterações e roubo. Se o sistema de backup não for seguro, uma pessoa
mal-intencionada poderia infiltrar-se nele, roubar dados e/ou prejudicar o Sis-
tema principal, sem que ao menos percebêssemos do fato.
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Considerações de Backup
Há uma grande variedade de informações que podem ser armazenadas em
backup e também vários métodos de armazenamento. Os arquivos armazenados
podem ser armazenados em desktops, notebooks, laptops e servidores. Além dis-
so, os dados gerenciados pelos aplicativos utilizados, como programas de e-mail,
programas de admissão de clientes, base de dados de clientes e outros programas
e informações também devem ser armazenados em backup.
Uma Organização deve discutir qual informação é mais importante e está, por
sua vez, armazenada em backup, seja em um grande, seja em um médio escritório,
seja até mesmo num computador residencial.
Em relação à frequência, os backups devem ocorrer regularmente, para evitar
perda de dados. Backups frequentes levam tempo, dinheiro e recursos tecnológi-
cos, mas os benefícios superam essas considerações negativas. É importante lem-
brar o quanto vale a informação e, caso ela seja perdida, qual o impacto negativo
que poderá trazer a uma Instituição (EMC, 2010).
Figura 1 – Backup de Dados
Fonte: Getty Images
Outra prática muito importante é manter algumas informações de backup fora
do local em que inicialmente foi feito. No caso de ocorrer um desastre natural ou
intencional em um centro de dados, seu backup não significará nada se ele estiver
próximo aos equipamentos de computação e for destruído junto com eles.
Independentemente de os dados de backup estarem no local ou fora da local
onde estão os computadores e armazenadores principais, devemos garantir que
as informações de backup sejam seguras e acessíveis somente pelos profissionais
autorizados a copiar e a restaurar dados possivelmente perdidos.
Além disso, a quantidade e o tempo em que seus dados são retidos em backup é
um fator muito importante a considerar, pois, dependendo da natureza do negócio
em questão, será necessário manter backups por anos, meses, semanas ou, até
mesmo, um por um dia. Tenha em mente que, quanto mais backups deseja salvar,
mais espaço físico (cofre de fitas) é necessário ter, aumentando o custo do processo
em questão (BARROS, 2007).
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UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
Mídias de Backup
Uma questão importante a considerar são as Mídias onde os backups devam
ser realizados, pois a escolha dessas Mídias define o quanto se deve gastar, qual o
tempo que o backup pode ser realizado, sua durabilidade em relação ao armazena-
mento e o tempo de restauração caso necessário.
Os backups podem ser armazenados em várias mídias (algumas delas não mais
utilizadas em função da evolução tecnológica e do custo associado se comparado
com outras mídias), podemos citar, dentre elas, disquetes, CDs, DVDs e cartuchos,
como componentes obsoletos.
A seguir, algumas mídias utilizadas hoje em dia para gravação e proteção
de dados:
• Memórias Flash: são formas de armazenamento nas quais os dados podem
ser facilmente apagados ou editados. A forma mais comum de armazena-
mento flash é a unidade flash, também conhecida como memória flash. Isso
deve ser usado se a organização necessitar de um armazenamento barato,
físico e portátil. Embora eles possam ser extremamente portáteis, também
é muito fácil perder dados nessas unidades. Os pen-drives flash podem ser
uma Mídia de gravação para pequenas quantidades de dados, mas não ade-
quadas para backups;
• Disco Rígido Externo: o bom e ainda utilizado Disco Rígido (HDD) ou o
Disco de Estado Sólido (SSD) permitem backups de quantidades maiores de
dados do que os antigos CDs e DVDs. Um dispositivo de Disco Rígido externo
é fisicamente separado do próprio computador e também é um meio portátil.
Ele opera de maneira semelhante às unidades flash, mas permite o armazena-
mento de grandes quantidades de dados;
• Fita Magnética e LTO: unidades de fita não são comuns em computadores
desktop, mas são uma opção para uma solução de backup de alta capacidade
em Mainframes e Sistemas de Armazenamento de alta capacidade (storages).
As unidades de fita ou unidades de fita magnética são automatizadas e exigem
um aplicativo de backup de terceiros e/ou recursos de backup do próprio
Sistema Operacional a ser realizado. Mídia de fita magnética é componente
relativamente de baixo custo e, por esse motivo, ainda é utilizada. As LTOs do
inglês Linear Tape-Open são, certamente, as mais utilizadas atualmente, suas
capacidades de armazenamento podem ultrapassar 190TB (como é o caso da
LTO-12) e, se comparadas às antigas fitas magnéticas de rolo, possuem uma
carcaça de proteção da fita, para armazenamento de longo período. Um dos
problemas das fitas magnéticas é sua gravação sequencial, o que pode resultar
em tempo de gravação e recuperação demorados;
• Armazenamento de Rede: os dados armazenados em computadores em Rede
podem ser armazenados em um disco em Rede, em um Dispositivo de Armaze-
namento em Rede ou até mesmo numa Rede específica para armazenamento
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de alta capacidade, como, por exemplo, as SANs. Essa técnica é utilizada atu-
almente em ambientes corporativos;
• Discos em Rede: um servidor com capacidade de armazenamento de dados é
considerado um disco em Rede. A quantidade de dados que podem ser copia-
dos de um computador cliente é limitada pela capacidade de armazenamento
em disco da Rede ou alocação de disco para o usuário em particular. No en-
tanto, se os usuários forem instruídos a salvar arquivos num disco em Rede, o
disco em Rede em si deverá ser submetido a backup por meio do Programa
de Backup de Rede ou Servidor. É uma técnica utilizada para ambientes de
TI pequenos ou médios, sendo que, geralmente, os discos de armazenamento
desses servidores centralizados podem ser um storage acoplado diretamente
(DAS) ou um array de discos internos aos servidores utilizando uma técnica de
RAID qualquer;
• Dispositivo de Armazenamento em Rede: um sistema de backup de Rede
pode ser configurado para fazer backup das unidades locais em computadores
em Rede. O backup pode ser iniciado a partir do Sistema de backup em Rede
ou do computador cliente. Nessa forma, a Rede de Dados possui uma área de
armazenamento centralizada com dispositivos conectados diretamente à Rede.
Para isso, devem ser utilizados Protocolos de Comunicação específicos que
possibilitem tal tipo de armazenamento. Geralmente, esses Sistemas possuem
um braço automatizado (robôs) para controle do que é gravado e/ou recupera-
do em fita;
• Replicação ou Sincronização: a replicação ou sincronização de dados é um
método de backup comum para computadores portáteis. Os computadores
de mão ou laptops podem estar conectados a um computador e replicar os
dados desejados do Sistema portátil para um computador de mesa. Para isso
ocorrer, existem alguns softwares específicos e de médio custo, fazendo com
que seja uma técnica usada em ambientes de Redes médias. Para ambientes
de grandes Redes, é utilizada a Técnica de alta disponibilidade e com custos e
Tecnologias superiores;
• Armazenamento em Nuvem: o armazenamento em nuvem, do inglês Cloud
Storage, é um modelo de serviço no qual os dados são armazenados remota-
mente e disponibilizados aos usuários em uma Rede (normalmente, a Internet).
Ele permite que você armazene seus arquivos on-line com a capacidade de
acessar e de os compartilhar de qualquer computador conectado à Internet.
Os arquivos são mantidos em um servidor externo e a Empresa de hospeda-
gem os disponibiliza on-line. Ele oferece grande conveniência, mas segurança
e custo são possíveis preocupações. Funcionam permanecendo sincronizadas
com uma pasta dedicada ou até mesmo um disco rígido. Portanto, é impor-
tante certificar-se de que a rotina de backup implementada inclua essa pasta
especial, caso alguma falha ou desastre ocorra. Em alguns provedores de ser-
viços de armazenamento em nuvem, os backups também são ofertados como
serviços e a escolha dos clientes.
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UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
História do Armazenamento de Dados – Trabalho de CAP.
Explor
Disponível em: https://youtu.be/C87AKC4VQ3s
Figura 2 – Tipos de Mídia para Backup
Fonte: Getty Images
Métodos de Backup
Uma combinação de metodologias de backup pode ser utilizada dependendo dos
requisitos de configuração e de recuperação do Sistema. A frequência e a extensão
dos backups devem estar de acordo com a importância das informações e com o ris-
co aceitável, conforme determinado pelo proprietário dos dados (BARROS, 2007).
Backups do Sistema
Os backups de Sistema, geralmente, abordam o Sistema Operacional, sendo
que as configurações dos Sistemas Operacionais e de Dados são muito importantes
para o pleno funcionamento das atividades computacionais (servidores, sistemas
corporativos, Banco de Dados e outros).
Podemos abordar pelo menos três métodos mais importantes, expostos a seguir.
Backup Completo
Um backup completo (Full Backup) captura todos os arquivos no disco ou na
pasta selecionada para backup. Como todos os arquivos de backup foram grava-
dos em uma única Mídia ou conjunto de Mídia, a localização de um determinado
arquivo ou grupo de arquivos é simples. No entanto, o tempo necessário para
executar um backup completo pode ser demorado. Além disso, backups completos
de arquivos que não mudam com frequência (como arquivos de Sistema) e podem
levar a requisitos desnecessários de armazenamento de Mídia desnecessário. É um
dos melhores métodos de backup, porém de custo mais elevado, se comparado a
outros métodos (BARROS, 2007).
Figura 3 – Backup Completo ou Full
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Backup Incremental
Um backup incremental captura arquivos que foram criados ou alterados desde
o último backup, independentemente do tipo de backup. Os backups incrementais
proporcionam um uso mais eficiente da mídia de armazenamento e os tempos
de backup são reduzidos. No entanto, para recuperar um sistema de um backup
incremental, podem ser necessárias mídias de diferentes operações de backup.
Por exemplo, considere um caso em que um diretório precisava ser recuperado. Se
o último backup completo foi realizado três dias antes e um arquivo foi alterado a
cada dia, a mídia para o backup completo e para os backups incrementais de cada
dia seria necessária para restaurar o diretório inteiro (BARROS, 2007).
Figura 4 – Backup Incremental
Backup Diferencial
Um backup diferencial armazena arquivos que foram criados ou modificados
desde o último backup completo. Portanto, se um arquivo for alterado após o
backup completo anterior, um backup diferencial salvará o arquivo toda vez, até que
o próximo backup completo seja concluído.
O backup diferencial leva menos tempo para ser concluído do que um backup
completo. A restauração a partir de um backup diferencial pode exigir menos mídia
do que um backup incremental, porque somente a mídia de backup completo e a
última mídia diferencial seriam necessárias.
Como desvantagem, os backups diferenciais demoram mais para serem conclu-
ídos do que os backups incrementais porque a quantidade de dados desde o último
backup completo aumenta a cada dia até que o próximo backup completo seja exe-
cutado (BARROS, 2007).
Figura 5 – Backup Diferencial
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UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
Backups de Dados
Pode parecer estranho separar backup de Sistemas de backups de Dados, mas
é uma prática corriqueira em Centros de Dados, em função da segmentação das
informações de recursos computacionais, facilitando em alguns procedimentos um
restaure de dados mais rápido. É claro que a utilização dessa separação depende mui-
to da instituição e dos administradores do sistema, ou seja, sistemas de dados podem
fazer parte de ambas as técnicas atuando em conjunto (mais comumente utilizado).
Podemos, então, defini-los em duas técnicas.
São elas:
• Backup Contínuo: backups de dados contínuos podem ser obtidos utilizando Tec-
nologia que grava dados simultaneamente em um Sistema alternativo. Esse método
é mais comumente utilizado para recuperação de dados. Os exemplos incluem:
»» Replicação de Discos: os dados são gravados em dois discos diferentes
para garantir que duas cópias válidas dos dados estejam sempre disponíveis.
Os dois discos são chamados de Servidor protegido (o Servidor principal) e
o Servidor de replicação (o servidor de backup). A replicação de disco pode
ser implementada localmente ou entre locais diferentes. As técnicas de repli-
cação de disco incluem: tecnologia RAID, espelhamento e sombreamento;
»» Arquivamento Eletrônico e Registro no Diário Remoto: são Tecnologias se-
melhantes, que fornecem recursos adicionais de backup de dados, com backups
feitos para unidades de fita remotas através de links de comunicação. O registro
em diário remoto e a compartimentação eletrônica permitem tempos de recu-
peração mais curtos e perda de dados reduzida, caso o servidor seja danificado
entre os backups. Com a compartimentação eletrônica, o Sistema é conectado
a um provedor de compartimentos eletrônicos para permitir que os backups se-
jam criados fora do local automaticamente. O cofre eletrônico pode usar discos
ópticos, discos magnéticos, dispositivos de armazenamento em massa ou uma
biblioteca de fitas automatizada como dispositivos de armazenamento. Com essa
Tecnologia, os dados são transmitidos para o cofre eletrônico à medida que
ocorrem mudanças nos servidores entre backups regulares. Essas transmissões
entre backups são, às vezes, chamadas de registro, no diário eletrônico;
• Backup Agendado: os backups de dados agendados podem ser obtidos com
a utilização de scripts, software de backup ou ferramentas do Sistema Opera-
cional para lidar com arquivos em Sistemas alternativos. Esse processo pode
ser agendado ou manual.
Explor
Backup e seus tipos. Dicionário de Informática Disponível em: https://youtu.be/NIqInobRLIs
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Aplicações de Backup
Existe uma imensa gama de produtos e aplicações para Backups, tanto para
grandes Sistemas de armazenamento empresariais, como é o caso do Power-
Protect da DELL/EMC, o IBM Spectrum Protect, o HP Data Protector, o
VERITAS, o ARCServ, o Veeam e muitos outros; porém eles são, geralmente,
proprietários e com custo significativo em função da sua aplicabilidade em gran-
de negócios.
Também existem várias aplicações de backups para médios e pequenos ambien-
tes, cuja quantidade de dados backupeados são mais modestos se comparados às
grandes corporações. Podemos dar como exemplo o Cobian Backup, o SyncBack,
o Iperius Backup, o Backup Maker, o PureSync, o CrashPlan, o Uranium Backup,
o AceBackup, o FBackup, o Norton Ghost e o Kaspersky (este último muito utili-
zado para restauração de backups).
Para demonstrar uma dessas soluções, vamos apresentar o Cobian Backup Ver-
são 11 Gravity que, atualmente, é considerada a melhor solução de backup gra-
tuita, com excelente interface, facilidade de uso e capacidade de realizar backups,
tanto em mídias externas, como, por exemplo, um pen-drive flash ou um HDD
externo, como em bases internas, como é o caso de discos HDDs, SSDs e até
mesmo drivers de Rede.
Tem a capacidade de realização de backup completo, diferencial e incremen-
tal, bem como criptografia de dados e possibilidade de automatização por meio
de agendamento.
Vamos, então, conhecer tal solução.
• 1º Passo
» Baixar o Aplicativo: Caso deseje instalar a aplicação Cobian Backup, vá até
o portal oficial.
Explor
Cobian Backup. Download disponível em: https://bit.ly/2HXAh7z
• 2º Passo
» Processo de Instalação: Execute o programa baixado com duplo clique,
escolha o idioma preferencial e prossiga clicando “próximo”:
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UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
Figura 6 – Escolhendo Idioma
Após a escolha do idioma, leia os termos de acordo de software, selecione o dire-
tório em que o programa será instalado, defina o tipo de instalação e opções de ser-
viço e senha do administrador e aguarde o processo de instalação ser completado.
• 3º Passo
»» Processo de Configuração de Backup: Após a instalação do aplicativo em
seu computador, de um duplo clique em Cobian Backup e na barra superior
em tarefas, crie uma nova tarefa:
Figura 7 – Criando Tarefa de Backup
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Na tela “Geral”, de o nome para a nova tarefa, definia as configurações ge-
rais e o tipo de backup a ser realizado:
Figura 8 – Configurações Gerais e Tipo de Backup
Na tela “Arquivos”, defina o que será backupeado (diretórios, pastas, arquivos
etc.), onde será realizado o backup, como, por exemplo, um disco interno/
externo ou um servidor FTP:
Figura 9 – Escolhendo Dados Backupeados
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UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
Caso deseje agendar quando o backup será executado, vá à tela “Agendamento”
e escolha o tipo de agendamento, a data e a hora:
Figura 10 – Agendamento do Backup
Caso deseje compactar e/ou criptografar os dados a serem backupeados, vá
até a tela ‘Arquivos Compactados” e escolha os tipos de compactação e métodos
de criptografia:
Figura 11 – Compactação e Criptografia dos Dados
Além dos recursos demonstrados, é possível excluir arquivos que não deseje
copiar, definir criticidade de processo, escolher ações a serem realizadas antes ou
após o backup e, até mesmo, definir limpeza de atributos e escolha de outro admi-
nistrador para realização de backup, dentre outras aplicações.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Entendendo os Conceitos de Backup
BARROS, E. Entendendo os Conceitos de Backup. Restore e Recuperação de
Desastres. São Paulo: Ciência Moderna, 2007.
Administração de Sistemas da Informação
BRIEN, J. A.; MARAKAS, G. M. Administração de Sistemas da Informação. 15.ed.
Porto Alegre: Bookman, 2013.
Monitoramento de Redes com Zabbix
LIMA, J. R. Monitoramento de Redes com Zabbix. Rio de Janeiro: Brasport, 2014.
Manual Completo do Linux – Guia do Administrador
NEMETH, E.; SNYDER G. HEIN T. R. Manual Completo do Linux Guia do
Administrador. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
Administração de Sistemas da Informação
ROSINI, A. M.; PALMISANO, A. Administração de Sistemas da Informação. 2.ed.
São Paulo: Cengage, 2012.
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UNIDADE Técnicas de Backup e Restauração
Referências
BARROS, E. Entendendo os Conceitos de Backup. Restore e Recuperação de
Desastres. São Paulo: Ciência Moderna, 2007.
BURGESS, M. Princípios da Administração de Redes e Sistemas. 2.ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.
EMC SERVICES. Armazenamento de Gerenciamento de Informações. São
Paulo: Bookman, 2010.
GALVÃO, M. C. Fundamentos em Segurança da Informação. São Paulo: Person, 2015.
MORAES, A. F. Administração de Redes Remotas. São Paulo: Érica/Saraiva, 2014.
ROSINI, A. M.; PALMISANO, A. Administração de Sistemas da Informação.
2.ed. São Paulo: Cengage, 2012;
SOUSA, L. B. Administração de Redes Locais São Paulo: Érica/Saraiva, 2014.
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