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Conceitos Básicos e Evolução Do Computador

Enviado por

JR Martins
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© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Arquitetura

e
Organização de
Computadores
(~ Willian Stallings)
Conceitos básicos e
Evolução do computador
Organização e Arquitetura
Arquitetura de Computadores refere-se ao conceito e projeto
estrutural de um sistema de computador. Envolve a definição de
vários componentes e suas interações em um nível abstrato.

Exemplo:
 Conjunto de Instruções (ISA - Instruction Set Architecture):
Define as instruções que o processador pode executar. Isso
inclui a linguagem de máquina que o processador entende.

 Modos de Endereçamento: Métodos para acessar dados na


memória.

 Tipos de Dados: Dados que a CPU pode processar, como


inteiros, ponto flutuante, caracteres, etc.

 Registro e Operações Lógicas: Definem a operação dos


registradores e as operações aritméticas e lógicas que podem
ser realizadas.

 Interfaces de Entrada/Saída: Métodos pelos quais o sistema


interage com periféricos e outros dispositivos.

Se formos fazer uma analogia com uma casa em cosntrução, seria


tipo:
Arquitetura se refere a quantos cômodos e de quais tipos a casa vai
ter, quais serão as funções desses cômodos.
Na organização, seria como quais materiais seria utilizado para
cosntruir aquela arquitetura, quais métodos e componentes utilizar
para ter uma eficiência e durabilidade maior etc.

Organização de Computadores refere-se à implementação prática


da arquitetura, detalhando como os componentes físicos do sistema
de computador interagem e são conectados.

Envolve aspectos mais concretos, como:

 Estrutura Física: Layout de componentes físicos, como a CPU,


memória, e dispositivos de entrada/saída.

 Circuitos e Tecnologia: Tecnologias de fabricação de


componentes (por exemplo, transistores, chips de silício) e
circuitos que implementam a arquitetura.

 Interconexões: Barramentos, redes de interconexão e canais


de comunicação que ligam os diferentes componentes do
sistema.

 Memória e Armazenamento: Hierarquia de memória (cache,


RAM, armazenamento secundário) e sua organização física.

 Controle e Sequenciamento: Métodos para controlar o fluxo


de instruções e dados dentro do computador.

Estrutura e Função
O cumputador é um sistema complexo, mas trataremos esse termo
de uma forma técnica, e não adjetiva.

Esse sistema complexo pode ser analisado de 2 formas, de cima pra


baixo (top-down) ou de baixo pra cima (bottom-up).

O computador é basicamente um sistema com outros milhares de


sistemas dentro de forma hierarquica, e cada sistema tem seus
componentes e cada componente tem seus sistemas e assim vai...

 Estrutura: Modo como os componentes são inter-


ralacionados

 Função: A operação de cada componente de forma


individual

Este livro, irá fazer análises top-down.


Microprocessador (CPU)
A CPU é a parte do computador que busca executar instruções, ela
consiste em 1 ALU, uma unidade de controle, registradores e as
interconexões.

 Unidade de controle: Controla a operação da CPU, do PC.

 ALU (Arithmetic and logic unit) – Realiza as funções de


processamento.

 Registradores: Proporcionam amazenamento interno da CPU

 Interconexões: Mecanismos que conectam os componentes


da CPU

Estrutura de um computador multicore


Hoje, computadores contemporâneos têm múltiplos processadores.
Quando todos esses processadores residem em 1 único chip,
chamamos de computador multicore.

Cada unidade de processamento, é chamada de núcleo (ou core).

 Núcleo: O núcleo é basicamente uma CPU dentro da outra.

 Memória Cache: A memória cache é basicamente um micro-


memória que é instalada entre a CPU e a memória principal, a
função dela é armazenar dados que são utilizados de forma
muito frequente, assim facilitando o acesso a esses dados,
tornando a operação mais rápida.

As memórias caches podem ser divididas e nomeadas de


acordo com a distância dela com o núcleo> Cache L1 (mais
perto do núcleo)
Cache L2, L3 etc... (mais distante do núcleo).

PCB (Printed Circuit Board): A PCB é uma placa rígida (ou mole)
que é cheia de filamentos de cobre e é responsável por ser o suporte
onde todos os componentes do PC serão colocados e interconectados.
OBS: Não podemos chamar a CPU de microprocessador, pois os
microprocessadores são os núcleos e não a CPU em si.

Chamamos a CPU, também de Process Unit (PU).

Arquitetura Escalar
Existe a arquitetura escalar que mostra o chip de uma CPU.

 Cores (Core0, Core1, Core2, Core3, Core4,  Controladores de Memória (MCU, MC Drvrs, MC
Core5, Core6, Core7): Rcvrs):

 Função: Cada core é uma unidade de  Função: Os controladores de memória gerenciam a


processamento independente que executa instruções comunicação entre a CPU e a memória RAM,
de programas. Multicore significa que a CPU pode facilitando a leitura e escrita de dados.
processar múltiplas tarefas simultaneamente,  Interligação: Conectam-se aos cores e aos caches
melhorando o desempenho e a eficiência. para coordenar o fluxo de dados.
 Interligação: Os cores se comunicam com os
caches L3 e as unidades de controle para coordenar  Controladores de Entrada/Saída (PCI1, PCI0, PBU1,
a execução das tarefas. PBU0, GX Drvrs, GX Rcvrs):

 Cache L3 (L3D 000, L3D 001, L3D 010, L3D 011,  Função: Gerenciam a comunicação entre a
L3D 100, L3D 101, L3D 110, L3D 111): CPU e os dispositivos de entrada/saída, como
placas de vídeo, discos rígidos, e outros
 Função: A memória cache L3 é uma camada de periféricos.
cache maior e mais lenta comparada às L1 e L2, mas  Interligação: Conectam-se aos cores e ao
ainda muito mais rápida que a memória principal. barramento de sistema para facilitar a troca de
Armazena dados frequentemente acessados para dados entre a CPU e os dispositivos externos.
melhorar o desempenho.
 Interligação: O cache L3 é compartilhado entre os  Unidades de Barramento (SC Drvrs, SC Rcvrs, CP1
 Unidades de Buffer (PBUI, PBUO):

 Função: Atuam como buffers para suavizar o fluxo


de dados entre diferentes componentes do chip,
evitando gargalos e melhorando o desempenho
geral. Arquitetura Superescalar
 Interligação: Intermediários entre os cores e outros
componentes de entrada/saída e memória.
Existe a aquitetura Superescalar, que mostra a parte interna de um
core.

O core sempre processa os dados e opera de uma forma sequencial, e


isso é chamado de ISU (Instruction sequence unit) ou unidade de
sequência de instruções. Porém! Ás vezes a ISU permite com que os
componentes se conversem de forma independente de acordo com a
necessidade da operação.

Veremos agora, as funções dos componentes do core:


 IFB (Instruction Fetch Buffer):  LSU (Load/Store Unit):

 Função: Armazena as instruções que foram  Função: Gerencia a leitura e escrita de dados na
buscadas da memória antes de serem memória.
decodificadas.  Interligação: Conecta-se à memória cache e ao
 Interligação: Conecta-se à unidade de busca de barramento de dados para realizar operações de
instruções (IDU) e à unidade de controle. leitura/escrita.

 IDU (Instruction Decode Unit):  RU (Rename Unit):

 Função: Decodifica as instruções que foram  Função: Garante a renomeação dos registros
buscadas, convertendo-as em sinais que possam para evitar conflitos durante a execução fora de
ser interpretados pelas outras unidades do ordem.
processador.  Interligação: Trabalha em conjunto com o ISU
 Interligação: Recebe instruções do IFB e envia para gerenciar os registros.
sinais de controle para a unidade de execução
(LSU, FXU, etc.).  PC (Program Counter):

 ISU (Instruction Scheduler Unit):  Função: Mantém o endereço da próxima


instrução a ser executada.
 Função: Organiza e agenda as instruções  Interligação: Conecta-se ao IFB e à unidade de
decodificadas para execução nas unidades controle para atualizar o fluxo de execução.
funcionais.
 Interligação: Interage com a IDU e distribui  ICM (Instruction Cache Memory):
instruções para as unidades de execução (LSU,
FXU).  Função: Armazena as instruções recentemente
acessadas para reduzir o tempo de busca.
 FXU (Fixed-Point Unit):  Interligação: Conecta-se ao IFB e à memória
principal.
 Função: Executa operações aritméticas e lógicas
com números inteiros.  XU (Execution Unit):
 Interligação: Recebe instruções do ISU e
comunica os resultados para registro ou para a  Função: Unidade genérica para executar
IAS Computer
A muito tempo atrás, durante a disputa no mercado pela criação de
um computador mais eficiente, foi criado um projeto que revolucionou
a indústria, criando um padrão da forma como ele funcionava.

Esse foi o IAS, o primeiro computador a utilizar uma memória onde se


armazenava instruções de programação e dados.

Sim, era uma máquina gigante que funcionava a base de registros.

O IAS basicamente foi o primeiro CPU, ele fazia basicamente o


processamento de dados da mesma forma como é feita hoje:

O computador IAS possui uma estrutura básica que inclui os seguintes


componentes principais:

1. Memória Principal:
o Armazena dados e instruções.
o A memória é endereçável por palavras (words), cada uma
com um tamanho específico (40 bits no caso do IAS).
2. Unidade Lógica e Aritmética (ULA):
o Executa operações aritméticas (como adição e subtração)
e lógicas (como comparações).
3. Unidade de Controle:
o Interpreta as instruções armazenadas na memória e as
executa.
4. Equipamento de Entrada e Saída (E/S):
o Gerencia a comunicação entre o computador e
dispositivos externos, permitindo a entrada de dados e a
saída de resultados.

Portas, Células de Memórias,


Chips,
& Módulos Multichip
Portas e Células de Momória
Todo computador realiza funções básicas como: - armazenamento, -
movimentação, - processo e controle de dados.

Para essas funções, podemos ter apenas 2 componentes para realizar


tudo isso, que são as:

Células de Memória: São dispositivos que podem armazenar um bit


de dados, podendo estar em um de dois estados estáveis. Muitas
células juntas formam a memória do computador.controlar os dados.

 Armazenamento de Dados: Feito pelas células de memória.

Portas: São dispositivos que realizam funções lógicas ou booleanas.


Um exemplo é a porta AND, que funciona assim: "Se A and B são
verdadeiros, então C é verdadeiro". As portas controlam o fluxo de
dados no computador, similar ao controle de água em um canal.

 Processamento de Dados: Realizado pelas portas.

 Movimento de Dados: As portas também são responsáveis


por mover dados entre componentes.

 Controle: As portas controlam o fluxo de dados com sinais de


controle, por exemplo, ativando ou desativando a escrita e
leitura nas células de memória. A porta emite um sinal “ON”(1)
ou “OFF”(0) para dar continuidade com a operação de saída ou
entrada de dados.

As portas lógicas dependem fisicamente de um componente,


chamado de transistor, são vários transistores responsáveis pelas
portas lógicas.

Transistor
Um transistor é uma dispositvo que contém um material
semicondutor, na maioria daz vezes de silício.

Cada porta lógica é composta por transistores que atuam como


interruptores eletrônicos. Dependendo do tipo e configuração dos
transistores, a porta pode realizar diferentes operações lógicas.

Uma das funções do transistor é cortar ou dar continuidade ao fluxo


de corrente elétrica a mando das portas.

Funcionamento Interno
Transistor como Interruptor:

 Um transistor tem três terminais: base (ou porta), coletor (ou


dreno) e emissor (ou fonte).

 Quando um sinal de controle (ON ou OFF) é aplicado à base, ele


controla o fluxo de corrente entre o coletor e o emissor.

Ativação de Transistores:

 Quando uma porta lógica emite um sinal ON, isso geralmente


significa que a configuração interna de transistores na porta foi
ativada para permitir a passagem de corrente, resultando em
uma saída ON.

 Por exemplo, em uma porta AND, se ambas as entradas são ON,


os transistores são configurados de maneira que a corrente
flua, resultando em uma saída ON.
Transistores Discretos: São componentes individuais, montados
externamente em placas de circuito impresso (PCBs). Eles são
visíveis e acessíveis, como mostrado na imagem.

Chips Eletrônicos
Antigamente, os chips eram produzidos com inserção de
componentes de forma individual (componentes discretos), com
novas ideias e evolução tecnológica, tiveram a ideia de criarem um
chip a partir de um pedaço inteiro de material semi condutor, sendo
chamado de circuito integrado.

Microeletrônica:

 Refere-se à "pequena eletrônica". Desde o início da eletrônica


digital, a tendência tem sido reduzir o tamanho dos circuitos
eletrônicos.

 O circuito integrado é um avanço importante, permitindo


fabricar componentes como transistores, resistores e
condutores em um pequeno pedaço de silício, chamado wafer.

Circuito Integrado:

 Em vez de usar componentes separados, um circuito inteiro é


fabricado em um único pedaço de silício.

 Isso facilita a produção em massa e a miniaturização dos


componentes.

Na microeletrônica, um wafer (ou biscoito) é uma fina fatia de


material semicondutor, cheia de transistores. Wafers são uma peça
importante para a construção de dispositivos semicondutores, assim
como circuitos integrados.
>>>

>>>

Lei de Moore

Lei de Moore: Proposta por Gordon Moore, cofundador da Intel,


em 1965. Previu que o número de transistores em um chip
dobraria a cada ano, o que se mostrou correto por várias décadas,
agora isso acontece a cada 18 meses.

 Consequências:
1. O custo de um chip permaneceu praticamente
inalterado, enquanto sua capacidade aumentou
significativamente.

2. A densidade aumentada dos chips reduziu a extensão


dos caminhos elétricos, melhorando a velocidade de
operação.

Transistores em ICs: São miniaturizados e integrados dentro de um chip de


silício, fazendo parte de circuitos muito mais complexos. Eles não são visíveis
individualmente, pois estão encapsulados junto com outros milhares ou milhões de
transistores dentro do chip.
>>>

Módulo Multichip
Conceito e Desenvolvimento

 Motivação: A demanda por memórias mais densas e rápidas


levou ao desenvolvimento da tecnologia MCM. A ideia principal
é diminuir o espaçamento entre os chips e encapsulá-los juntos
para melhorar o desempenho.

 Definição: Um MCM é uma cápsula que contém diversos chips


únicos montados próximos uns dos outros em um substrato
comum.
Tipos de MCMs

1. MCM-L: Compostos de traços metálicos sobre laminados


orgânicos.

2. MCM-C: Metal modelado e interconectado em camadas


cerâmicas queimadas em conjunto.

3. MCM-D: Camadas de metal padronizadas, depositadas a vapor,


alternando sequencialmente com filmes finos dielétricos.

Sistemas Embarcados
(embedded systems)
Definição

 Sistemas Embarcados: Refere-se ao uso de eletrônica e


software dentro de um produto, diferente de um computador de
uso geral (como desktops, notebooks, relógios, casas, carros,
satélites, maquinários, navios, escovas de dentes etc...). Esses
sistemas são integrados aos dispositivos para desempenhar
funções específicas.

Características dos Sistemas Embarcados

 Interfaces: Sistemas embarcados podem ter diversas


interfaces para interagir com o ambiente externo, como
sensores e atuadores, permitindo que eles reajam a mudanças
no ambiente.

 Reativos: Geralmente, são sistemas reativos, que respondem


continuamente a mudanças no ambiente.

 Restrições: Os sistemas embarcados devem respeitar


restrições como tamanho, peso, consumo de energia, e custo. A
temporização das operações é crítica, especialmente em
sistemas que precisam gerenciar múltiplas tarefas
simultaneamente.

Sistema reativo: Sistema reativo é aquele que interage com ambiente e depende desse
para manipular e processar dados para realizar alguma função, um sistema reativo
utiliza de sensores para isso.

Componentes de um Sistema Embarcado

 Processador: O núcleo do sistema, responsável pelo


processamento das instruções.

 Memória: Armazena dados e instruções necessários para o


funcionamento do sistema.

 Sensores e Atuadores: Captam informações do ambiente e


executam ações baseadas nessas informações.

 Interfaces de Diagnóstico: Permitem a análise e o controle


do sistema.

A internet das coisas (IoT)


A “internet das coisas” foi um período industrial onde a eletrônica tive
a capacidade de ser colocada em diversos dispositivos domésticos e
outros, deixando diversos dispositivos mais “inteligentes” e
automáticos.

Classificações dos Sistemas de TI e IoT:

1. Tecnologia da Informação (TI):


o Equipamentos: PCs, servidores, roteadores, firewalls.
o Uso: Dispositivos usados principalmente para
conectividade e segurança de redes de TI.

2. Tecnologia Operacional (TO):


o Equipamentos: Máquinas e aparelhos com TI
embarcada, como equipamentos médicos e sistemas
SCADA (supervisão e aquisição de dados).
o Uso: Equipamentos usados em processos industriais e
profissionais de empresas não necessariamente de TI.

3. Tecnologia Pessoal:
o Equipamentos: Smartphones, tablets, leitores de e-
books.
o Uso: Dispositivos de TI para consumidores que utilizam
principalmente conectividade sem fio.

4. Tecnologia de Sensor/Atuador:
o Equipamentos: Dispositivos de uso único, adquiridos
para tarefas específicas e conectados sem fio.
o Uso: Parte de sistemas maiores, como sensores
industriais ou agrícolas.

A quarta geração de dispositivos tecnológicos é marcada pelo uso de


bilhões de dispositivos embutidos, sendo considerada a era da IoT.

Sistemas Operacionais Embarcados


Existem duas técnicas principais para desenvolver sistemas
operacionais (SO) embarcados:

 Adaptar um SO Existente: Utiliza-se uma versão embarcada


de um SO já conhecido, como Linux, Windows, ou Mac, para
funcionar em dispositivos específicos. Isso é comum para
dispositivos que precisam de funcionalidades e suporte de
software mais amplos.

 Desenvolver um SO Exclusivo para Uso Embarcado: Criar


um SO do zero, especificamente para as necessidades de
dispositivos embarcados. Um exemplo é o TinyOS, usado em
redes de sensores sem fio, que é projetado para ser muito
eficiente e de baixo consumo de energia.

Processadores de aplicação VS processadores


dedicados
 Processadores de Aplicações: São projetados para executar
sistemas operacionais complexos como Linux, Android, e
Chrome. Esses processadores são de uso geral e são capazes
de rodar diversos aplicativos. Um exemplo típico é o
processador de um smartphone.

 Processadores Dedicados: São projetados para realizar uma


ou algumas tarefas específicas. Esses processadores são
otimizados para eficiência, reduzindo o tamanho e custo. São
usados em sistemas embarcados que não precisam de tanta
flexibilidade, mas exigem alta eficiência e baixo consumo de
energia.

Um exemplo é a GPU e a GPU dedicada.

Ambas podem processar imagens, mas a GPU é em específico, uma


CPU voltada para geração de imagens, que deu também início as
GPU’s dedicadas.

Mas no caso acima, estamos nos referindo a CPU dedicadas para


dispositivos específicos.

Microprocessadores VS Microcontroladores
 Microprocessadores: Incluem registradores, uma Unidade
Lógica e Aritmética (ALU), e unidades de controle ou lógica de
processamento de instruções. Eles são usados em sistemas
complexos e podem incluir múltiplos núcleos e memória cache
significativa.

 Microcontroladores: São chips simples que incluem um


processador, memória não volátil (ROM), memória volátil (RAM),
um clock, e uma unidade de controle de entrada/saída. Eles são
basicamente micro computradores em um chip.
Sistemas fortemente Embarcadados
São uma subcategoria de sistemas embarcados, mas com
características mais específicas e restritivas. Eles são projetados para
uma única função ou um conjunto muito restrito de funções.

Eles não são programáveis pois utilizam uma ROM (memória somente
leitura).

Baixa Interação: Tipicamente, esses sistemas têm pouca ou


nenhuma interação com o usuário final.

Exemplo: sistemas de controle em tempo real em redes de


sensores.

Arquitetura ARM
Arquitetura ARM: É um tipo de arquitetura de processador que
evoluiu dos princípios de projeto do RISC (Reduced Instruction Set
Computer) e é amplamente usada em sistemas embarcados devido à
sua eficiência e baixo consumo de energia. Em geral as CPU’s de PC’c
não necessitam de alta ventilação para dissipação de calor. Já o ARM,
teve seus transistores e componentes internos, moldados de uma
forma para que não consumisse tanta energia e não necessitasse de
coolers. Claro, com uma performance muito menor. Atualmente já
existem também sistemas embarcados com arquitetura x86 da intel.
História e Desenvolvimento: A ARM Holdings, localizada em
Cambridge, Inglaterra, desenvolve arquiteturas de
microprocessadores e microcontroladores baseados em RISC, mas
não fabrica os processadores diretamente. Em vez disso, licencia suas
arquiteturas para fabricantes, que produzem os chips com base
nesses designs.

Vantagens dos Chips ARM

 Tamanho e Eficiência: Conhecidos pelo pequeno tamanho do


die (pequena peça de silício que contém o circuito), os chips
ARM são altamente eficientes em termos de energia e custo de
implementação.

 Uso em Dispositivos Móveis: Devido à sua eficiência, os


chips ARM são amplamente usados em smartphones, tablets, e
outros dispositivos móveis. Praticamente todos os smartphones
modernos usam chips baseados em ARM.

 Popularidade: Em 2016, a ARM entregou 16,7 bilhões de chips


baseados em sua arquitetura, tornando-se uma das
arquiteturas de processador mais utilizadas no mundo.

Origens da Tecnologia ARM

 Início na Acorn Computers: Nos anos 1980, a Acorn


Computers, uma empresa britânica, firmou um contrato com a
BBC para desenvolver uma arquitetura de microcomputador
para o Projeto de Alfabetização Digital da BBC.

 Primeiro Processador RISC: O resultado foi o


desenvolvimento do primeiro processador comercial RISC, o
Acorn RISC Machine (ARM), lançado em 1985.

 Licenciamento e Expansão: Inicialmente, a VLSI Technology


fabricava os chips, mas posteriormente licenciou a tecnologia,
permitindo que outras empresas também usassem a
arquitetura ARM.
Arquitetura do Conjunto de Instruções ARM
Conjunto de Instruções ARM

 Regularidade e Eficiência: O conjunto de instruções ARM é


projetado para ser regular e eficiente, facilitando a
implementação e a execução no processador. Todas as
instruções são de 32 bits e seguem um formato regular, o que
torna a arquitetura ARM ISA (Instruction Set Architecture)
adaptável a diversos produtos.

Conjunto de Instruções Thumb

 Thumb: É um subconjunto do conjunto de instruções ARM,


desenvolvido para aumentar a eficiência em implementações
que usam barramento de dados de 16 bits ou menos,
proporcionando melhor densidade de código. Contém
instruções ARM de 32 bits recodificadas para 16 bits.

 Thumb-2: A versão atualizada do Thumb, discutida nos


Capítulos 12 e 13.

ARM Holdings e seus produtos


ARM Holdings licencia diversas arquiteturas e tecnologias
relacionadas, sendo a mais famosa a família de microprocessadores
Cortex, que possui três principais variantes: Cortex-A, Cortex-R, e
Cortex-M.

Cortex-A

 Aplicações: Projetados para dispositivos móveis como


smartphones, leitores de e-books, TV digital, e gateways
residenciais.

 Características:
o Executam em altas frequências de clock (acima de 1
GHz).
o Incluem uma Unidade de Gerenciamento de Memória
(MMU) para suporte a sistemas operacionais complexos
como Linux, Android e Windows.
o Podem ser máquinas de 32 bits ou 64 bits.

Cortex-R

 Tempo Real: Desenvolvidos para aplicações que exigem


resposta rápida e tempo real, como sistemas de controle
industrial e freios ABS em automóveis.

 Características:
o Alta frequência de clock (2 MHz a 4 MHz).
o Unidade de Proteção de Memória (MPU) para proteção de
memória crítica.
o Usados em sistemas embarcados onde a confiabilidade e
a rápida resposta são cruciais.

Cortex-M

 Microcontroladores: Focados em microcontroladores, usados


em dispositivos de IoT, redes de sensores e aplicações
industriais.

 Características:
o Baixo consumo de energia.
o Altamente determinístico com resposta rápida a
interrupções.
o Inclui uma MPU, mas não uma MMU.

Unidade de Proteção de Memória (MPU)


O que é uma MPU?

A Unidade de Proteção de Memória (MPU) é um componente de


hardware presente em alguns microprocessadores e
microcontroladores que proporciona segurança ao sistema ao
restringir o acesso a certas regiões da memória. Sua principal função
é impedir que programas ou processos acessem áreas de memória
para as quais não têm permissão, prevenindo falhas e possíveis
ataques de segurança.
Do que é feita uma MPU?

Uma MPU é composta por registros que armazenam configurações de


proteção de memória, como:

 Endereços de início e fim das regiões de memória a serem


protegidas.

 Permissões de acesso (leitura, escrita, execução) para cada


região.

 Configurações que definem se uma região é acessível pelo


núcleo do processador ou por outros módulos de hardware.

Para que serve uma MPU?

A MPU é essencial para:

 Segurança: Evitar que um programa malicioso ou com erro


acesse áreas de memória que pertencem a outros programas
ou ao sistema operacional.

 Estabilidade: Proteger o sistema de falhas, impedindo que um


processo possa modificar inadvertidamente dados de outros
processos.

 Controle de Acesso: Fornecer um controle granular sobre


quais partes do código podem acessar determinadas áreas da
memória, aumentando a segurança do sistema.

Unidade de Gerenciamento de Memória (MMU)


O que é uma MMU? Do que é feita uma MMU?

A Unidade de Gerenciamento de Memória Uma MMU é composta por:


(MMU) é um componente de hardware
sofisticado que realiza a tradução de  Tabelas de Página: Estruturas que
endereços virtuais para endereços físicos. mantêm o mapeamento entre
Além disso, a MMU oferece proteção de endereços virtuais e físicos. Essas
memória, similar à MPU, mas com muito tabelas são gerenciadas pelo
mais flexibilidade e capacidades adicionais, sistema operacional.
como suporte à memória virtual.
 Registros de Controle:
Configurações que definem como a
MMU opera, incluindo permissões de
Para que serve uma MMU?

A MMU é fundamental para:

 Memória Virtual: Permite que


programas utilizem endereços virtuais
que são mapeados para endereços
físicos disponíveis, proporcionando
uma abstração da memória física e
permitindo a execução de programas
maiores do que a memória física
disponível.

 Isolamento de Processos: Garante


que cada processo tenha seu próprio
espaço de memória, prevenindo que
processos interfiram uns nos outros.
Isso é crucial para a estabilidade e
segurança de sistemas operacionais
multitarefa.

 Eficiência de Memória: Facilita


técnicas como paginação e
segmentação, onde partes de
programas e dados podem ser
armazenadas temporariamente em
disco e carregadas na memória
conforme necessário, otimizando o
uso da memória física.

 Proteção de Memória: Fornece


mecanismos para definir permissões
de acesso a diferentes regiões de

Resumo
ARM Arquitetura: ARM refere-se à arquitetura de processadores
desenvolvida pela ARM Holdings. É usada para projetar tanto
processadores quanto microcontroladores.

ARM Processadores: ARM desenvolve diferentes famílias de


processadores, como Cortex-A, Cortex-R e Cortex-M.
ARM Cortex-M: Especificamente para microcontroladores (MCUs),
usados em sistemas embarcados e aplicações específicas de
controle.

CPU: O núcleo de processamento de um computador, responsável


pela execução de instruções de programas, usado em uma ampla
variedade de sistemas, mas requer outros componentes para
formar um sistema completo.

MCU: Um microcontrolador que integra uma CPU com memória e


periféricos em um único chip, projetado para aplicações
específicas e dedicadas em sistemas embarcados.

MPU: Um microprocessador que realiza a execução de instruções


de programas em computadores de propósito geral e dispositivos
móveis, também requerendo componentes adicionais para formar
um sistema completo.

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